E éramos todos jovens
Era um sábado, pleno mês de abril, dia agradável, nem quente nem frio, o ano era 1981, mal suspeitava que neste dia eu fosse fazer a maior decisão da minha vida.
Amanheceu como todos os demais dias, nada prenunciava a importância deste dia, apenas um fato meio desastroso ocorreu, quebrei na cabeça um vaso pendurado numa árvore no quintal, estava brincando com minha irmã, corri, não prestei atenção naquele objeto pendurado, doeu, mas a dor passou, aquela, internamente outras muito maiores me pressionavam, dores, medos, incertezas.
Estava com quinze anos, Sim, dependendo quando você ler este relato, terá se passado quase ou mais de trinta anos, Trinta anos é uma vida, e me sinto na obrigação de contar a você, que em parte ou no todo, passou comigo ao menos um minuto.
Quais dúvidas ou medo têm um rapaz de quinze anos, todos que já passaram desta “provecta” idade, sabem as agruras da adolescência, espinhas, a voz desafinada, o corpo desengonçado, enfim o turbilhão de hormônios que tomam o corpo de um infante e o preparam para se tornar um adulto, mas não era isso que me atormentava, claro que os efeitos da puberdade, mesmo que um pouco tardia, me incomodava, mas algo me aterrorizava, tirava meu sono de noite, cansava-me durante o dia.
Porque eu existia? Qual o sentido da vida? Será que a morte é o fim? O que acontecerá comigo depois da morte? Além disso, o medo veio ser companhia constante, medo da morte, da vida, do dia, da noite, do presente, do futuro. Medo, Medo, Medo.
Atrás de um sorriso que sempre estampava minha face, escondia-se um rapazinho medroso, não tinha amigos, ninguém para compartilhar a agonia daqueles dias. Meus pais, embora muito solícitos, não compreendiam meus sentimentos, não era culpa deles, na sua época, tiveram suas dúvidas, mas tudo se arranjou, diziam eles.
Bem naquele dia, 18 de abril de 1981, tudo estava normal, mas convidaram-me para ir à igreja, nada anormal, pois mesmo odiando ir à igreja, lá se falava o alemão que mal compreendia, era habitual, às vezes ir, e naquele dia fui, melhor dizendo, naquela noite fui.
O culto em português, entendi, não pergunte para mim o que foi pregado, não me lembro, mas no fim do culto o pregador fez uma pergunta. Alguém aqui, quer Jesus no seu coração? Alguém quer ser salvo. Quantas vezes ouvi esta pergunta, sim, quantas vezes respondi, depois tudo voltava a ser igual. Mas naquela noite, alguém se dispôs a falar comigo, explicou que Jesus seria meu melhor amigo, sempre estaria ao meu lado, me daria forças, vigor, para que vencesse. Sim, eu quis Jesus, sim eu quero Jesus. Naquele momento, uma fração de segundo, um abrir e fechar de olhos, agora molhados de lágrimas, este Jesus, que conhecia de ouvir falar, veio e se instalou em meu coração.
Ah! Que mudança, que alivio senti, como se o peso fosse tirado das minhas costas e fosse despachado, o medo se foi, as dúvidas, em Jesus, respondidas.
Quase Trinta anos (ou mais de trinta, dependendo de quando você ler) se passaram, Jesus continua comigo, cada dia, o medo se foi, hoje cada dia Jesus me guia e dirige.
Seria bonito dizer que a partir dali, fui uma pessoa melhor, mas não, errei, magoei, machuquei, outros e a mim mesmo. Mas ao conversar com Jesus, confessar meu erro, Ele me perdoou, e me limpou e limpa ainda hoje.
Tudo mudou, hoje um homem, meia idade, quero levar a outros este Jesus, quantos passaram comigo este tempo, ou parte dele, mas ainda não conhecem este Jesus? Quantos que hoje se perdem em suas frustrações e remorsos, e não vêem saída para sua situação.
Amigo, Jesus é a solução. Faça o que eu fiz, peça a Jesus entrar e sua vida, creia, viva e verá que o que eu te contei, é verdade.
De Jesus para Você
Pr. Hary Lucht
www.facebook.com/dejesusparavoce
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